segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Uma máquina para fazer besteira


Edward Röckwell inseriu a moedinha de dez centavos no ciclotrón plasmático e esperou até que a mesma resvalasse até o ponto H da máquina. Assim que ouviu o som característico, Röckwell puxou a diminuta alavanca de aço escovado e pôs a máquina para funcionar. O breu se fez de imediato, mas Röckwell estava consciente, pensando em todos aqueles momentos que o fizeram construir o polêmico ciclotrón plasmático. Haveria mesmo uma forma de ser transportado para outros mundos, em outras dimensões? Estava Edward Röckwell prestes a revolucionar a viagem no tempo? Ele era o último a ter respostas para tais questões. Estava em um escuro diferente, com apenas um zumbido abafado por companhia e a sensação de incapacidade ante o desconhecido. Mesmo assim, Röckwell manteve a calma e, aos poucos, percebeu que o zumbido diminuía à medida que seus olhos começavam a entrever uma certa luminosidade.
Quando finalmente seus olhos perceberam o resultado do experimento, Edward Röckwell não soube como se comportar. Estava cercado de criaturas horrorosas, monstros de quatro olhos e demais seres nojentos pra caramba. Sem pestanejar – ou quase –, Röckwell sacou a Glock que sempre levava consigo naqueles tipos de experimentos e descarregou um pente inteiro enquanto abria caminho entre os alvos.

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