domingo, 7 de dezembro de 2008

Dido & Aeneas (trecho de ópera baseado porcamente na homônima de Henry Purcell)

Dido (perplexa): “Porra, Aeneas! Essa tua rotina maldita já encheu o saco. Você não tem emprego fixo, fica até altas horas bebendo com as más companhias e ainda tá metido fundo com tóchico (sic) da pesada. Isso vai te levar pra cadeia ou pra debaixo da terra. Se liga, malandro! Tô te dando um toque na boa, na moral. O bicho tá pegando legal e você não tá dando a mínima. Só tá levando a vida na gaita. Se liga na dica, meu: camarão que dorme na praia, a onda leva...”

Aeneas (de ressaca): “Você não entende o meu lado, Dido do meu coação em chamas. É tudo culpa dessa vida rock’n’roll! Eu não tenho como controlar essas coisas. A bebida, os showzinhos, as mulheres loucas, os amigos duvidosos, os excessos das madrugadas passadas em claro. Isso tudo independe de mim. Eu sou um mero baterista fã de Phil Rudd e Keith Moon. Eu sou inocente ante toda essa conspiração por parte das forças ocultas do Universo! Eu sou uma vítima do Rock e do Roll! Nada mais, pô!!! Agora vê se me esquece e manda os escravos do palácio prepararem o meu lanchinho das 18 horas. Daqui a pouco tenho ensaio no estúdio e hoje o bicho promete pegar. Vamos despedir o vocalista e executar o empresário ladrão. Sabe como é: o rock’n’roll exige algumas medidas drásticas de vez em quando...”
(cortina)

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